Como desfrutar da terceira idade com saúde?

Na atualidade, é cada vez mais possível chegar bem a terceira idade. O médico geriatra exerce uma função importante no gerenciamento da saúde e dos diversos tratamentos do idosos, integrando várias dimensões que influenciam o sucesso do envelhecimento. Neste sentido, o geriatra Alexandre de Mattos aponta algumas indicações para as pessoas que estão na terceira idade.

Primeiramente, o médico explica que ausência ou presença de doenças não são os únicos determinantes da longevidade bem sucedida. “Uma pessoa da terceira idade pode até ter doenças não curáveis, podemos trabalhar para que estas condições interfiram o mínimo possível nas atividades cotidianas”, explica.

Não há “pílula mágica” para estar bem na terceira idade

Ademais, ele afirma que “nem o geriatra, nem qualquer outro especialista têm o “elixir ou a pílula mágica” do antienvelhecimento. Por isso, nosso foco de atuação é o envelhecimento bem sucedido”.

Em seguida, o geriatra diz que acompanhamento médico regular da pessoa da terceira idade é importante para identificar problemas crônicos e silenciosos de saúde. Manifestações atípicas ou com poucos sintomas é regra na idade avançada, por isso existe muito subdiagnóstico nesta fase.

Atividades físicas para a terceira idade

Além dos cuidados médicos, o geriatra reforça a importância de sair do sedentarismo. Entretanto ressalta que, é necessário adaptar as atividades físicas às restrições impostas pelas mudanças físicas da terceira idade. “A dieta bem orientada é fundamental para não agravar quadros clínicos e evitar desnutrição. O idoso, principalmente os muito idosos, aqueles com mais de 80 anos, tem grande chance de perder peso às custas de massa magra (músculos), agravando o que chamamos de sarcopenia e levando à síndrome do idoso frágil”, assegura.

“Doenças normais”

O médico, entretanto, afirma que as pessoas da terceira idade devem sempre recusar os rótulos de que há “doenças normais da idade”. De acordo com Mattos, “não existem doenças normais, existem patologias mais prevalentes com o envelhecimento. Jamais podemos considerar que um idoso com déficit de memória, depressão, tonturas, tremor, dores crônicas, dentre outras condições comuns nessa fase da vida estão apenas com “sintomas do envelhecimento”, pois assim se incorre em um tipo de preconceito denominado ageísmo ou velhismo”.

Cuidado com a polifarmácia!

O geriatra ainda faz um importante alerta em relação a sobrecarga de medicações. Ele avisa que fazer uso de “muitos remédios não é o caminho da longevidade”. “Passar por consultas médicas regularmente é imprescindível. Porém, o ideal, é levar a relação completa de todos os medicamentos em uso. Esta recomendação deve ser seguida à risca para que não haja interação medicamentosa ou interação droga – doença. Estudos conduzidos nos EUA apontam que os efeitos colaterais de fármacos já é a quinta causa de morte entre a população idosa”, afirma Mattos.

Por fim, ele lembra reforça as condutas que um bom geriatra deve adotar sobre os cuidados com as pessoas da terceira idade. “O bom médico, principalmente o bom geriatra, não é aquele mais medicamentos, mas sim aquele que tem o conhecimento necessário para “enxugar” a prescrição, eleger as prioridades e evitar o uso de medicamentos desnecessários, sem abrir mão dos importantes fármacos e também das medidas farmacológicas que tenham evidências científicas e custo efetividade avaliados para garantir menor mortalidade, mas com qualidade de vida”, finaliza.

Fonte: Leia Já

Preencha os seus dados, entraremos em contato para finalizar a sua inscrição.